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ICOM - Instituto Couto Maia

Pacientes do ICOM recebem assistência especializada em psiquiatria psicossomática

11 de outubro de 2019

Os transtornos mentais são responsáveis por mais de um terço do número total de incapacidades de pessoas no continente americano, de acordo com o estudo “A carga dos transtornos mentais na Região das Américas, 2018” realizado pela Organização Mundial de Saúde. Apesar disso, segundo a OMS, o investimento em saúde mental representa, em média, apenas 2% do orçamento de saúde do Brasil e, dessa porcentagem, cerca de 60% se destinam a hospitais psiquiátricos.

Apesar da maior parte dos investimentos ainda se concentrar nos hospitais psiquiátricos, tem crescido a atenção com a saúde mental dos pacientes que estão assistidos em hospitais gerais ou de outras especialidades. No ICOM a psiquiatria tem grande relevância, em particular a psiquiatria psicossomática que tem como foco o tratamento de condições comportamentais em pacientes com problemas médicos, especialmente aqueles que apresentam condições complexas ou de longo prazo. Grande parte dos pacientes do ICOM farão tratamentos por longos períodos e alguns necessitarão de cuidados por toda a vida, por isso possuem chance de desenvolver doenças psicossomáticas. A OMS estima que 1 em cada 10 pessoas precisará de cuidados de saúde mental em algum momento da vida, sendo a depressão e a ansiedade os dois transtornos mais frequentes.

O médico do ICOM especialista em psiquiatria psicossomática, Lucas Argolo, diz que a inclusão desta especialidade na equipe multidisciplinar é determinante para que o paciente receba o diagnóstico correto e o tratamento mais assertivo. Condições clínicas e o uso de alguns medicamentos costumam causar sintomas psiquiátricos, sendo muito comum que estas manifestações tenham interpretação errada.

Assistência psiquiátrica para os pacientes com hanseníase e AIDS

AIDS e hanseníase são doenças que tem o ICOM como hospital referência para tratamento na Bahia. No caso dos pacientes com AIDS é grande a probabilidade de desenvolver problemas psíquicos porque o vírus HIV afeta o sistema nervoso central, sendo este grupo objeto de um subespecialidade da psiquiatria psicossomática.

Já os pacientes com hanseníase enfrentam o estigma que a doença ainda carrega e o longo período de tratamento para os casos mais graves. Estas condições podem levá-los a um estado depressivo.

Doenças psicossomáticas

Segundo Lucas Argolo, a psiquiatria psicossomática é a especialidade que busca se concentrar nas interações entre mente e corpo, de um ponto de vista prático. “Podemos ver muitos pacientes com problemas que são endocrinológicos, imunológicos e infecciosos, mas que tem uma apresentação psíquica. Cada um de nós tem uma forma particular e carregada do nosso psiquismo na apresentação de qualquer doença”.

O psiquiatra explica que as medicações usadas pelos pacientes também podem vir a comprometer o sistema nervoso central e provocar alterações emocionais:  “alguns antibióticos são capazes de levar à confusão mental, assim como alguns antirretrovirais que podem induzir a estados emocionais depressivos e de mania. Há uma complexidade de coisas que são utilizadas do nosso arsenal farmacológico que podem levar a sintomas psicóticos”.

O impacto do ambiente hospitalar

Lucas Argolo explica ainda que grande parte das pessoas submetidas à internação hospitalar desenvolvem doenças psicossomáticas, pelo afastamento do convívio com a família e pelas próprias características do ambiente hospitalar, com rotinas e controles. Há casos em que uma particularidade do paciente se manifesta quando ele está internado no hospital “é sempre um momento muito singular, a pessoa fica distante do seu ambiente social, e vem para um local controlado onde o seu corpo lhe obriga a estar em um momento reflexivo. Muitas questões afloram e podem expressar realmente um conflito, a hospitalização dá oportunidade para que esses conflitos aflorem”.

O desafio do psiquiatra é apresentar diagnósticos precisos das alterações psíquicas e contribuir com a equipe para tratamentos mais assertivos. “O olhar especializado consegue apresentar caminhos práticos para a complexidade da apresentação psíquica e somática das doenças. A tendência, quando não há o especialista, é que haja um reducionismo no diagnóstico. Eu já tive experiência com pacientes que tinham diagnóstico de incapacidade, mas com o olhar correto, os pacientes ressuscitam, ou a pessoa, por ter um histórico psiquiátrico, tem suas outras queixas negligenciadas” conclui Lucas Argolo.


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