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ICOM - Instituto Couto Maia

ICOM implanta programa de Cuidados Paliativos

30 de maio de 2020

Como hospital referência para a assistência aos pacientes com Covid-19, o ICOM passou a ser prioridade no programa de Cuidados Paliativos da SESAB. Em 17 de abril, foi criado o Comitê de Cuidados Paliativos formado por um grupo multidisciplinar.  A coordenação está a cargo da infectologista Ana Verônica Mascarenhas e os demais membros são: as psicólogas Amanda Torquato e Estela Ferreira Santos, a assistente social Cassiana Souza, a diretora técnica do ICOM e infectologista, Alice Sena e a enfermeira Maria das Graças Santana Moreira.

O projeto de cuidados paliativos do ICOM segue as diretrizes estabelecidas pelo programa da SESAB, criado há dois anos. Após o início da pandemia de Covid-19, o programa passou a ter ações específicas para atender os pacientes acometidos pela doença. Nesse momento, o programa está sendo implementado em 16 unidades da rede de saúde do Estado da Bahia, sendo o ICOM um dos quatro hospitais da capital a receber o programa.

O que são cuidados paliativos

O conceito de cuidados paliativos vem desde a década de 1960, mas ao longo do tempo foi sendo aperfeiçoado. A médica Karoline Apolônio, uma das coordenadoras do programa da SESAB, explica qual a definição de cuidado paliativo adotada pela secretaria “é uma abordagem voltada para o controle de sintomas, conforto e qualidade de vida. Deve ser oferecido em conjunto com o tratamento padrão de qualquer doença que ameace a continuidade da vida, não devendo jamais ser associado com a omissão ou exclusão (abandono terapêutico), mesmo durante uma pandemia”.

Comitê do ICOM

As primeiras ações do comitê do ICOM foram instrumentalizar a equipe quanto aos fundamentos do programa da SESAB, definir as rotinas e os fluxos e o perfil dos pacientes elegíveis para a paliação.

Nos casos relacionados à Covid-19 a infectologista Ana Verônica Mascarenhas explica que são candidatos à paliação aqueles pacientes com doenças crônicas severas para os quais “não há benefícios em receber terapias de suporte avançado de vida”. Desse modo, esses pacientes recebem assistência intensiva para controle dos sintomas e conforto. O impedimento de contato presencial com a família é minimizado com ligações por vídeo.

Quando o comitê avalia que um paciente tem perfil para os cuidados paliativos, é realizada uma videoconferência com a família para que todo o processo seja explicado. Essa reunião segue protocolo internacional de comunicação, um modelo já bastante consolidado que garante uma comunicação humanizada e acolhedora. “Uma das especificidades para Covid-19 é, exatamente, a necessidade de estabelecermos contatos telepresenciais com familiares, ação que não é fácil ante as inúmeras adversidades impostas pelo contexto das demandas dos profissionais envolvidos, e das dificuldades próprias dos familiares. Mas buscamos vencer essas barreiras” explica Ana Verônica Mascarenhas.


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