13 de setembro de 2021
Esta semana, no dia 13 de setembro, são realizadas diversas ações em todo o mundo para conscientizar e alertar a comunidade da área de saúde sobre a importância de se reconhecer e combater a Sepse. Essa é uma doença responsável por 25% da ocupação de leitos em Unidades de Terapia Intensiva no Brasil, sendo a principal causa de morte nessas unidades, segundo o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS). No Brasil, a mortalidade por Sespse chega a 65% dos casos diagnosticados, enquanto a média mundial está em torno de 30 a 40%. São 670 mil mortes por ano no país.
O termo Sepse refere-se a um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. Antigamente era conhecida como “Septicemia ou infecção no sangue”, hoje a Sepse é popularmente conhecida como infecção generalizada.
Contudo, não é a infecção que está em todos os locais do organismo. Por vezes, ela pode estar localizada em apenas um órgão, como por exemplo, o pulmão, mas provoca em todo o organismo uma resposta com inflamação, numa tentativa de combater o agente da infecção, podendo vir a comprometer o funcionamento de vários dos órgãos do paciente. Essa sequência de fatos pode levar o paciente a um quadro crítico de não suportar e morrer, conhecido como disfunção ou falência de múltiplos órgãos. Especialmente se não for reconhecida a tempo.
A principal estratégia para vencer a Sepse é reconhecê-la e começar a agir o mais rápido possível. Por isso, o ICOM desenvolveu a ROTA SEPSE, em que vários sinais são disparados quando o médico define o diagnóstico para um paciente. Nesse momento, três alertas são acionados: o primeiro é um aviso no prontuário eletrônico, assim todos os profissionais da equipe têm conhecimento que aquele paciente desenvolveu Spese. O segundo é um sinal sonoro no laboratório para que seja feita a coleta do material para a hemocultura, antes que o paciente receba a medicação (antibiótico ou antifúngico). Este alerta só para quando a coleta é realizada e o técnico informa ao sistema.
O terceiro é um alerta sonoro na farmácia para que a prescrição médica seja realizada. Este terceiro alerta só é silenciado quando a enfermagem apraza e medica o paciente. Esta rota garante que o tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento não ultrapasse uma hora.
Rota Sepse ICOM
A médica infectologista Verônica Rocha, coordenadora da Comissão de Controle da Infecção Hospitalar – CCIH do ICOM, alerta sobre a importância de agir precocemente contra a Sepse. “O reconhecimento precoce aliado ao tratamento adequado, dentro da primeira hora do diagnóstico de Sepse, pode contribuir para um resultado positivo de pacientes e salvar vidas”.