Tuberculose: por que essa doença tão antiga ainda é responsável por mais de 1,3 milhão de mortes no mundo?

A tuberculose é uma doença milenar, que continua a representar um desafio significativo para a saúde pública em muitos países, incluindo o Brasil. “Apesar dos avanços na prevenção e tratamento, ela permanece como a principal causa de óbito por uma doença infecciosa em todo o mundo”, alerta Dra. Betânia Nogueira, infectologista do Instituto Couto Maia.

Os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam 7,5 milhões de novos casos ao ano de tuberculose, tendo 1,36 milhão de mortes atribuídas à doença. “Embora tenhamos observado uma redução no número de casos entre 2015 e 2022, esta queda está longe de atender às metas estabelecidas pela OMS, que almeja uma diminuição de 50% nos casos até 2025”, ressalta a especialista.

Como a Tuberculose é transmitida?

A transmissão da tuberculose ocorre, principalmente, por via respiratória, o que significa que qualquer indivíduo em contato próximo com uma pessoa infectada corre o risco de contrair a doença. Embora certos grupos, como pessoas vivendo com HIV ou com diabetes descontrolado, tenham um risco aumentado, é importante destacar que a tuberculose pode afetar qualquer faixa etária e perfil de saúde.

Quais os sintomas da tuberculose?

Para Dra. Betânia, tanto o paciente como os profissionais de saúde, devem ficar atentos aos sintomas como tosse persistente, perda de peso, febre e sudorese noturna. “Esses são sinais de alerta que indicam a necessidade de, também, investigar para tuberculose. Em caso de positivo, inicia-se o tratamento o mais rápido possível.’’

Como tratar a tuberculose?

O tratamento atual para tuberculose envolve uma terapia de seis meses e é crucial que os pacientes sigam rigorosamente as orientações médicas para garantir altas taxas de cura. “Infelizmente, a falta de adesão ao tratamento ou o uso inadequado, aumenta o risco de complicações e desenvolvimento de resistência aos medicamentos, além de contribuir para a transmissão da doença”, explicou a infectologista.

É fundamental ressaltar que os medicamentos necessários para o tratamento estão disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo o acesso a todos os pacientes.