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UNAIDS alerta que as desigualdades estão bloqueando o fim da pandemia de AIDS

30 de novembro de 2022

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) divulga relatório intitulado Desigualdades Perigosas, em que mostra que se forem mantidas as tendências atuais o mundo não conseguirá atingir a meta de acabar com a AIDS como ameaça à saúde pública até 2030.

A aids é uma doença que ainda não tem cura nem vacina, mas há muito tempo já se sabe como evitar o contágio. São alternativas como a profilaxia pré exposição, profilaxia pós exposição e os pacientes que, seguindo o programa de medicação, alcançam a status de indetectáveis.

Equidade já

A campanha deste ano da ONU para dia 1º de dezembro, Dia Mundial da AIDS, é Equidade Já. Ainda há gigantescas diferenças no mundo para o acesso ao tratamento e prevenção contra a aids. No Brasil,  a população negra é a mais afetada. Dados do Ministério da Saúde entre 2010 e 2020 mostram uma queda de 9,8% na proporção de casos de aids entre as pessoas brancas. Já entre os negros, houve um aumento 12,9%. No mesmo período, disparidade semelhante foi observada em relação aos óbitos por doenças decorrentes da Aids: redução de 10,6% na proporção de mortes entre as pessoas brancas e alta de 10,4% entre as pessoas negras.

No relatório Desigualdades Perigosas a UNAIDS alerta que no Brasil os dados públicos indicam que novas infecções pelo HIV têm crescido justamente entre a população jovem, entre 15 e 24 anos. A instituição defende que devem existir mais ações de educação e comunicação sobre infecções sexualmente transmissíveis (IST) e sobre prevenção, diagnóstico e tratamento do HIV e aids específicas para as juventudes, com ênfase para jovens em condições de maior vulnerabilidade.

O UNAIDS lembra que o HIV não desapareceu. Ainda há uma necessidade crítica de aumentar financiamento para a resposta à AIDS, para aumentar a consciência do impacto do HIV na vida das pessoas, para acabar com o estigma e a discriminação e para melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com o HIV.


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