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O perigo real das infecções fúngicas sistêmicas

29 de julho de 2025

Embora nem sempre recebam o mesmo destaque que as infecções bacterianas ou virais, as infecções fúngicas podem representar um risco real à saúde.

O que são?

As infecções fúngicas, como o próprio nome já sugere, são causadas por fungos que se instalam no corpo humano, podendo afetar desde áreas superficiais (como pele e mucosas) até órgãos internos (como pulmões, cérebro e fígado). Elas ocorrem, principalmente, em situações cujo sistema imunológico esteja fragilizado.

Em condições normais, o sistema imunológico é capaz de reconhecer e controlar a presença desses microrganismos. No entanto, quando a imunidade está comprometida, esse equilíbrio pode se romper e permitir que os fungos se proliferem e causem doenças.

Quais tipos existem?

As infecções fúngicas podem ser consideradas localizadas – quando afetam uma única área do corpo – ou sistêmicas – quando atingem vários órgãos como pulmões, olhos, fígado, cérebro e até mesmo a pele.

As mais comuns surgem em pessoas cujo sistema imunológico esteja enfraquecido – seja pelo uso de medicamentos imunossupressores, indivíduos com doenças como HIV/AIDS, pessoas com internações prolongadas em UTI ou em estado de desnutrição, por exemplo.

É importante ressaltar que nem todas as infecções fúngicas sistêmicas dependem de imunidade baixa para surgir. As chamadas infecções primárias podem ocorrer em pessoas saudáveis, geralmente pela inalação de esporos ambientais. Esses esporos causam sintomas respiratórios parecidos com pneumonia (como na histoplasmose, blastomicose, coccidioidomicose e paracoccidioidomicose).

Já as infecções oportunistas atingem principalmente pessoas com sistema imunológico enfraquecido. Elas são mais agressivas, se espalham rápido e podem ser fatais. Exemplos comuns são: candidíase sistêmica, aspergilose e mucormicose, que exigem tratamento hospitalar intensivo.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico de uma infecção fúngica pode envolver exames laboratoriais e de imagem. Neste caso, os médicos solicitam amostras de sangue, urina ou escarro, além de realizar broncoscopias ou biópsias em casos mais complexos.

Em algumas situações, também são realizados testes sorológicos ou genéticos para detectar a presença de fungos ou a resposta do sistema imunológico a esses agentes.

Vale lembrar que o tratamento varia conforme o tipo e a gravidade da infecção. Medicamentos antifúngicos são a base da terapia e podem ser administrados por via tópica, oral ou intravenosa.

Casos mais leves podem ser resolvidos com cremes ou comprimidos, mas infecções sistêmicas geralmente exigem medicações potentes e de uso prolongado. Em situações mais graves, pode haver necessidade de procedimentos cirúrgicos para remoção de tecidos comprometidos.

Atenção é primordial

As infecções fúngicas, sobretudo as sistêmicas, podem evoluir de maneira silenciosa. Por isso, é fundamental estar atento a sinais como febre persistente, tosse prolongada, dor no peito, alterações neurológicas e sintomas gastrointestinais fora do comum. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores são as chances de recuperação e menores os riscos de complicações.


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