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ICOM - Instituto Couto Maia

Na linha de frente da Covid-19

12 de maio de 2021

Maio é um mês importante para as equipes de enfermagem. É quando são comemorados o Dia do Enfermeiro (12 de maio) e do Técnico de Enfermagem (20 de maio), além do Dia do Combate à Infecção Hospitalar (15 de maio), movimento em que estes profissionais são parte fundamental.

No ICOM, como hospital referência na Bahia para os pacientes com Covid-19, as equipes de enfermagem tiveram, no último ano, uma revolução sem precedentes. Mudanças que impactaram na forma de trabalhar, na relação com os demais colegas da equipe multidisciplinar, na assistência aos pacientes e, principalmente, na forma que cuidam de si mesmos.

Muitos destes profissionais iniciaram suas carreiras nesse período e já encararam a linha de frente de uma pandemia. Ao se preparar para assistir os pacientes com Covid-19, o hospital traçou um plano de trabalho em que os primeiros passos foram elaborar protocolos técnicos e treinamentos que dessem segurança aos profissionais.

Desde o início, a preocupação em não levar o vírus para suas famílias marcou o cotidiano das equipes. A diretora de enfermagem Cristina Celestino conta que muitos colegas saíram de suas casas para evitar contato com os familiares, alugaram e compartilharam apartamentos até que pudessem se sentir mais seguros. Agora com os profissionais de saúde e idosos já vacinados e com mais informações sobre os riscos de transmissão do vírus, quase todos já retornaram para suas famílias.

O elo da equipe

Cristina destaca que o enfermeiro é o responsável por acolher o paciente quando ele chega ao hospital, prestar assistência e cuidado durante todo o período de internação e entregá-lo à família, no momento da alta. “A enfermagem está em todos os processos. Todos os profissionais de saúde prestam assistência ao paciente, mas a enfermagem, além de prestar assistência, presta também o cuidado. É quem está mais próximo ao paciente na sua intimidade. É possível que ele deixe de falar algum detalhe com o médico, mas em geral se sente à vontade para relatar à enfermagem. O enfermeiro é quem desperta a equipe para a necessidade de atendimento psicológico ou do serviço social e quem comunica ao médico quando há uma intercorrência. Então a enfermagem é o elo que une todos os profissionais da assistência”, ressalta Cristina.

Cristina Celestino, Diretora de Enfermagem

Linha de frente da Covid-19

A pandemia exigiu que profissionais recém-formados ou que antes atuavam em outras áreas da enfermagem entrassem na linha de frente da assistência aos pacientes com Covid-19. Já encarando muitos desafios.  Foi assim com a enfermeira Júlia Sá Mendes, de 24 anos que teve seu primeiro emprego no ICOM, em março desse ano, na enfermaria de pacientes com Covid-19.

“O processo de assistência na pandemia é um desafio para nós profissionais de saúde. Tento dar o maior suporte aos pacientes. Porque estar isolado, sem poder fazer as coisas que você gosta, estar com as pessoas que ama, enfim ter sua vida normal. É muito difícil. Então é importante ter um gesto de carinho, conversar, saber como está se sentindo. Também realizamos a ponte entre eles e a família com vídeos chamadas”, relata Júlia.

Júlia Sá Mendes, enfermeira

Afastados do trabalho

Muitos profissionais de saúde tiveram Covid-19 e precisaram se afastar e cumprir o prazo de isolamento. Nesse período, o principal ponto de contato deles é a enfermeira do trabalho Laisa Brenda Garcez Miranda, de 26 anos, que teve no ICOM, onde iniciou em maio do ano passado, seu primeiro emprego. Em setembro do ano passado, Brenda enfrentou o momento mais difícil, quando uma enfermeira do hospital faleceu por causa da Covid.

A enfermeira explica que quando o profissional é afastado ele se sente muito só “eu preciso ficar muito atenta para acionar o serviço de psicologia, quando necessário. Eu acho que a solidão é pior do que os próprios sintomas da Covid. A solidão desencadeia vários outros fatores”.

Brenda Garcez Miranda, enfermeira

A pandemia exigiu muito mais gente na linha frente, assim profissionais que não atuavam na assistência hospitalar foram chamados. É o caso de Júlio Cézar da Silva, de 51 anos e há 9 na profissão. Antes, atuava em home care e emergência ortopédica. Júlio conta que o mais desafiador é a tensão do cotidiano, em que além de todos os cuidados com os pacientes os profissionais devem se manter atentos aos cuidados com eles próprios. “Cuidar dos pacientes e cuidar de nós.”

Júlio Cézar Silva, enfermeiro

 


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