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ICOM - Instituto Couto Maia

Médicos residentes apresentam resultados das pesquisas científicas realizadas no ICOM

21 de dezembro de 2022

Pesquisas sobre coinfecção por Covid-19 e HIV/aids, tratamento para o agravo de verminoses em paciente imunossuprimidos e exames para diagnóstico de meningite tuberculosa. Estes foram os objetos de pesquisa dos residentes de infectologia do terceiro ano do ICOM, apresentados na conclusão da especialização, em 2022.

Como o ICOM cuida de pacientes com doenças infectocontagiosas, muitos com condições de baixa nutrição, imunosupressão em função do HIV e outras condições bastante particulares, estas pesquisas são de grande valor para a evolução do conhecimento como destaca a coordenadora da residência, a médica Áurea Paste “o TCC _ Trabalho de Conclusão de Curso- realizado ao longo dos anos de residência,  aproxima o residente da pesquisa. E é sempre importante que o objeto da pesquisa traga melhorias na prática diária de tratamento, investigação, e possa ser publicado em revistas científicas, o que também significa um retorno para a sociedade”.

Entre as cinco melhores do país

O ICOM assiste a um grande número de pacientes. São 300 mil atendimentos por ano, entre consultas, exames, vacinação, procedimentos, pequenas cirurgias e terapias de reabilitação para pacientes internados e no ambulatório. Esta condição, associada à infraestrutura do hospital e à qualidade dos preceptores, torna a residência extremante atrativa para os profissionais e a coloca entre as cinco melhores do país.  Ao longo de 28 anos, 59 médicos já concluiram a especilização no Couto Maia e nesse momento 11 estão cursando, entre eles  profissionais de diversos estados do Brasil, além da Bahia.

Pesquisas

A médica Maria Augusta pesquisou sobre o desfecho da coinfecção entre HIV e covid-19. Essa foi uma pergunta de pesquisa que motivou diversos estudos no mundo, mas ainda não há uma conclusão sobre a relação entre as duas doenças. Portanto, é um tema que tem muito a ser explorado.

A médica Marília Pareja, fez uma revisão sistemática sobre os métodos diagnósticos para meningite tuberculosa, uma doença com mais de 50% de mortalidade. Marília concluiu que todos os métodos disponíveis apresentam alguma dificuldade para fechar o diagnóstico. Assim, a recomendação é que, aliado ao método, a equipe médica deve sempre considerar a avaliação clínica do paciente, através de scores,  para inciar o tratamento o quanto antes.

O médico Andrei Gomes analisou dois casos da verminose estrongiloidiase disseminada em pacientes infectados pelo HIV. Essa é uma verminose comum na Bahia e no Brasil. A particularidade no estudo é que os pacientes imunossuprimidos portadores do HIV desenvolveram uma condição chamada de ileo paralítico secundário, que impede o uso de medicação oral, a única disponível até então. O pesquisador, junto com a equipe da farmácia do ICOM, buscou uma formulação da ivermectina (medicação usada para a verminose) para ser administrada por via parenteral e, assim, tratar os pacientes.


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