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ICOM - Instituto Couto Maia

ICOM participa do 32º Congresso Europeu de Microbiologia Clínica & Doenças Infecciosas

27 de abril de 2022

O ICOM participou do 32º Congresso Europeu de Microbiologia Clínica & Doenças Infecciosas com um estudo científico sobre o impacto da pandemia da COVID-19 no perfil de sensibilidade das bactérias aos antibióticos no Instituto Couto Maia, comparado ao período pré-pandemia. O trabalho foi apresentado pela médica infectologista Verônica Rocha e  pela enfermeira Euclimeire Neves, ambas da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do ICOM.

O congresso é o principal evento em Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas do mundo e  reúne especialistas de várias áreas para apresentar suas últimas descobertas, diretrizes e experiências. Este ano o evento foi realizado em Lisboa, de 23 a 26 de abril de 2022.

Resistência Antimicrobiana

O estudo levado pelo ICOM avaliou quais micro-organismos estiveram mais frequentes no primeiro ano da pandemia da COVID-19, inclusive bactérias multirresistentes e fungos, avaliou aainda como foi o consumo de antibióticos e de álcool na higienização das mãos, em comparação ao período pré-pandemia.

Os pesquisadores identificaram o aumento de alguns microorganismos durante a pandemia, tais como o Acinetobacter baumannii multirresistente a antibióticos. Mas, neste mesmo período, o consumo de antibiótico relacionado com a resistência bacteriana não aumentou, portanto, não seria a causa do aumento da resistência bacteriana. O mesmo ocorreu com o consumo de álcool que também aumentou no período, mas não explica a resistência antimicrobiana.

A conclusão inicial é que o aumento do Acinetobacter baumannii multirresistente seja explicado por outros motivos que ainda precisam ser avaliados, tais como mudanças das rotinas e processos de cuidado durante a pandemia. Esse trabalho é importante porque alerta a importância para os serviços de saúde revisarem todos os processos relacionados aos cuidados do paciente que podem ter sofrido modificações programadas ou até de forma inadvertida. A médica Verônica Rocha completa: “A resistência antimicrobiana vai além do consumo de antibióticos e da higienização das mãos.”

 

Médica infectologista Verônica Rocha e enfermeira Euclimeire Neves.

Sinergia

Esse trabalho é fruto do projeto de Doutorado na FIOCRUZ Bahia realizado pela infectologista Verônica Rocha da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do ICOM, coordenado pela Profª Joice Neves e com apoio do pesquisador Mittermayer. Para a execução, foi fundamental a parceria do setor de Microbiologia do ICOM e de outros pesquisadores, como a enfermeira Euclimeire Neves, também da CCIH do ICOM, e Jailton Azevedo, professor da UFBA.


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