26 de agosto de 2022
O ICOM é a quarta unidade de saúde da rede do SUS na Bahia a oferecer a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV. A PrEP é um método de prevenção à infecção pelo HIV em que os pacientes tomam, diariamente, um comprimido que prepara o organismo para enfrentar um possível contato com o vírus, ou seja, a pessoa se prepara antes de ter uma relação sexual de risco.
Os estudos da PrEP começaram em 2013, já em 1º de dezembro de 2017 o SUS passou a disponibilizar a medicação. O método da PrEP consiste na combinação de dois medicamentos antiretrovirais (tenofovir + entricitabina) que bloqueiam alguns caminhos que o HIV usa para infectar o organismo. O uso diário da medicação pode impedir que o HIV se estabeleça. Mas é importante destacar a importância da adesão, pois a medicação só tem efeito se usada diariamente. Caso contrário, pode não haver concentração suficiente das substâncias ativas na corrente sanguínea para bloquear o vírus.
A política brasileira de enfrentamento ao HIV/AIDS estabelece que nenhuma intervenção de prevenção isolada é suficiente para reduzir novas infecções. Por isso, o uso da PrEP faz parte de um conjunto de estratégias. A médica infectologista e diretora técnica assistencial do ICOM Karine Araújo destaca que a rede de saúde deve remover barreiras de acesso e promover o acolhimento das pessoas, garantindo todas as opções disponíveis, para que cada um possa escolher aquela que melhor se adequa às suas circuntâncias e condições de vida.
As demais opções que compõem a prevenção combinada são:
A profilaxia é indicada para as pessoas que tenham mais risco de entrar em contato com o HIV, como:
Para a indicação do uso de PrEP, é preciso ter certeza que a pessoa não tem o HIV, uma vez que a introdução da PrEP em quem já está infectado pode ocasionar a seleção de cepas resistentes.
Após 7 dias de uso ininterrupto da medicação, a pessoa está protegida se exposta ao risco de contaminação pela relação anal, já para a relação vaginal, são necessários 20 dias.
A PrEP não protege de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (tais como sífilis, clamídia, gonorreia e hepatites B e C), por isso, para evitar a contaminação por essas outras IST’s a profilaxia precisa ser combinada com outras estratégias de prevenção, como a camisinha.
O paciente liga para o ICOM pelo número 71-3103-7150 e agenda uma consulta médica.
Na consulta de triagem, o médico define se há indicação para uso da PrEP, conforme avaliação do seu risco e/ou exposição ao HIV e quais motivações para seu uso. Também são feitos testes laboratoriais para afastar a presença de infecção pelo HIV; além dos exames para hepatites, outras IST, função renal e hepática. No início do uso da PrEP, as avaliações são feitas em períodos mais curtos para checagem de adesão assim como possíveis efeitos adversos. Após esse período, o acompanhamento clínico e laboratorial é realizado a cada 90 dias.
A PrEP é um método seguro e eficaz na prevenção do HIV, com raros eventos adversos, os quais, quando ocorrem, são passageiros e podem ser tratados clinicamente.
A medicação deve ser suspensa se o paciente testar positivamente para o HIV, se deixar de fazer parte do perfil definido para o uso da profilaxia ou ainda se mudar de ideia e preferir deixar de usar a medicação.
O PrEP é para uso antes da exposição ao vírus e o PEP é para uso após a exposição.
Fonte: prepbrasil.com.br
Para saber mais clique no link abaixo e acesse o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapeuticas do Ministério da Saúde para o PrEP,
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