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ICOM - Instituto Couto Maia

ICOM implanta atendimento ambulatorial para pacientes com hepatites virais

25 de outubro de 2022

O ambulatório de hepatites virais do ICOM é referência para atendimento dos casos de pacientes com hepatites virais agudas, encaminhados por outras unidades de saúde e pacientes que já são assistidos pelo hospital e tenham sido diagnosticados com uma das formas da doença.  Hoje, o protocolo é testar todos os pacientes atendidos no instituto.

As hepatites virais são infecções que atingem o fígado causando alterações leves, moderadas ou graves. Na maioria das vezes, são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Mas quando se manifestam, os sintomas podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

As hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos comum no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia.

Hepatite B e C

As infecções causadas pelos vírus das hepatites B e C, frequentemente, se tornam crônicas. Entretanto, como nem sempre apresentam sintomas, muitas pessoas têm a infecção, mas não sabem. Com isso, a doença pode evoluir por década,s sem o diagnóstico correto.

O médico hepatologista e infectologista do ICOM, Douglas Michelato, explica que “o avanço da infecção compromete o fígado, sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem levar ao desenvolvimento de câncer e à necessidade de transplante do órgão”.

O impacto dessas infecções acarreta aproximadamente 1,4 milhões de mortes anualmente no mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada às hepatites. A taxa de mortalidade da hepatite C, por exemplo, pode ser comparada às do HIV e tuberculose.

Cenário das hepatites virais no Brasil

No período de 1999 a 2020, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 689.933 casos confirmados de hepatites virais no Brasil. Destes, 168.579 (24,4%) são referentes aos casos de hepatite A, 254.389 (36,9%) aos de hepatite B, 262.815 (38,1%) aos de hepatite C e 4.150 (0,6%) aos de hepatite D.

Neste mesmo período, foram identificados, no Brasil, pelo Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), 78.642 óbitos por causas básicas e associadas às hepatites virais dos tipos A, B, C e D. Desses, 1,6% foram associados à hepatite viral A; 21,3% à hepatite B; 76,2% à hepatite C e 0,9% à hepatite D.

Como testar?

Atualmente, existem testes rápidos para a detecção da infecção pelos vírus B ou C, que estão disponíveis no SUS para toda a população. Todas as pessoas precisam ser testadas pelo menos uma vez na vida para esses tipos de hepatite. Populações mais vulneráveis precisam ser testadas anualmente, como profissionais de salão de beleza, pessoas com histórico de câncer de fígado e hepatite na família, que tenham mais de 2 parcerias sexuais por ano e utilizam drogas injetáveis.

Além disso, ainda que a hepatite B não tenha cura, a vacina contra essa infecção é ofertada de maneira universal e gratuita no SUS, nas Unidades Básicas de Saúde e no ambulatório do ICOM. Já a hepatite C, não dispõe de uma vacina que confira proteção. Contudo, há medicamentos que permitem sua cura.

Formação de novos médicos

O infectologista e hepatologista Douglas Michelato destaca que o ambulatório de hepatites virais contribui para a formação dos médicos residentes de infectologia do ICOM “visto que o hospital tem anos de tradição em residência médica na área da Infectologia, sendo a Hepatologia uma das suas grandes áreas de atuação”.

Ainda na área de ensino e pesquisa, o ambulatório estimula as pesquisas na área de hepatites virais agudas e coinfecção HIV-HBV (Vírus da Hepatite B) e HIV-HCV (Vírus da Hepatite C).


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