19 de janeiro de 2024
Na Bahia, em 2023 foram notificados 1.545 casos novos de hanseníase, sendo 33 (2,13%) em menores de 15 anos. No ano de 2022 foram notificados 1.668 casos novos, com o coeficiente de detecção anual de 11,79 casos/100.000 habitantes, taxa considerada de alta endemicidade segundo parâmetros nacionais.
Do total de casos novos diagnosticados em 2022, 75% foram classificados como multibacilares (MB). Nos últimos dez anos vem acontecendo um aumento significativo nos casos de MB no estado. Conforme o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas, os pacientes diagnosticados com a classificação MB são fonte de transmissão da doença. Conforme o gênero, a tendência nacional dos últimos anos indica maior incidência no gênero masculino.
A hanseníase em crianças menores de 15 anos precisa ser acompanhada de perto. Na Bahia, houve uma queda significativa (66,7%) nos casos encontrados nesse grupo, passando de 4,36 para 1,76 por 100 mil habitantes entre 2013 e 2022. No entanto, preocupa o aumento de diagnósticos tardios e com grau de incapacidade física 2.
A hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa de curso crônico, originada pela bactéria Mycobacterium leprae. Seu impacto recai principalmente sobre a pele, mucosas e nervos periféricos, afetando membros como braços e pernas, tendo o potencial de provocar lesões neurais, resultando em danos irreversíveis.