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Casos de coqueluche crescem e reforçam importância da vacinação - ICOM – Instituto Couto Maia
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Casos de coqueluche crescem e reforçam importância da vacinação

30 de setembro de 2024

Nos últimos meses, um aumento significativo no número de casos de coqueluche, incluindo um óbito registrado no Paraná, tem chamado a atenção das autoridades de saúde. A coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é uma doença infecciosa altamente transmissível que, se não tratada adequadamente, pode levar a complicações graves, especialmente em bebês e crianças pequenas.

“A coqueluche é transmitida por via respiratória através de gotículas e causa um quadro de tosse persistente, que pode provocar vômitos e, em casos mais graves, exigir internação”, explica Dra. Giovanna Orrico, infectologista do Instituto Couto Maia (ICOM). Confira o vídeo completo.

Como ocorre a transmissão da coqueluche?

A transmissão da coqueluche se dá pelo contato direto com secreções respiratórias de uma pessoa infectada, seja por tosse ou espirro. Essas gotículas transportam a bactéria Bordetella pertussis, responsável pela infecção, e podem facilmente atingir indivíduos vulneráveis, especialmente crianças e bebês. A doença é particularmente perigosa para os recém-nascidos, que ainda não completaram o esquema vacinal e, portanto, têm a imunidade reduzida.

O quadro clínico inicial pode ser confundido com um resfriado comum, incluindo sintomas como coriza, febre baixa e tosse leve. No entanto, com a progressão da doença, a tosse se intensifica, podendo causar crises prolongadas e incontroláveis, conhecidas como “paroxismos”, seguidas de vômitos.

A importância da vacinação

A vacinação é a principal medida de prevenção contra a coqueluche. O esquema vacinal recomendado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) no Brasil prevê que os bebês recebam a vacina tríplice bacteriana (DTPa) nos primeiros meses de vida.

“A vacinação deve ser realizada no segundo, quarto e sexto mês de vida, com reforços entre 15 e 18 meses e novamente entre 4 e 6 anos de idade”, destaca Dra. Giovanna.

Além das crianças, há grupos específicos que necessitam de atenção redobrada para a imunização, como as gestantes, que deve ter a vacinação na 20ª semana de gestação. Isso impede que a mãe transmita a doença para o bebê, quebrando o ciclo de transmissão entre eles, além de proteger a criança durante os primeiros meses de vida, até que complete o seu esquema vacinal.

Além de bebês e gestantes, a vacinação contra a coqueluche é recomendada para todos os indivíduos que estejam em contato frequente com recém-nascidos, como familiares e cuidadores. Pessoas que não tomaram as doses de reforço na infância ou na adolescência também podem se tornar suscetíveis à infecção, já que a imunidade conferida pela vacina pode diminuir com o tempo.

Sinais de alerta

Entre os principais sinais e sintomas da coqueluche, além da tosse persistente, estão a dificuldade para respirar, crises de tosse seguidas de vômitos, e febre.

Nos bebês, o quadro pode evoluir rapidamente, causando apneia (pausas na respiração), o que requer intervenção médica imediata.

É essencial que os pais e responsáveis fiquem atentos a esses sinais e procurem atendimento médico o quanto antes, especialmente se o bebê ou a criança estiverem com tosse há mais de 7 dias.

A coqueluche pode ser tratada?

Embora a vacinação seja a principal forma de prevenção, o tratamento da coqueluche envolve o uso de antibióticos, que são mais eficazes quando administrados nos estágios iniciais da doença. O objetivo do tratamento é reduzir a gravidade dos sintomas e, principalmente, evitar que a infecção se espalhe para outras pessoas.

Em casos graves, onde há dificuldade respiratória e desidratação causada pelos vômitos frequentes, pode ser necessária internação hospitalar para suporte clínico. Além da vacinação, é importante o diagnóstico precoce e o início rápido do tratamento. Isso ajuda a evitar complicações e interrompe a transmissão para outras pessoas.

Prevenção é o melhor caminho

Diante do aumento recente no número de casos de coqueluche no Brasil, a mensagem principal que fica é a importância de se manter vigilante e em dia com as vacinas. A coqueluche pode ser uma doença séria, mas é prevenível. Manter o calendário de vacinação das crianças atualizado e garantir que as gestantes recebam a vacina são as melhores formas de proteger os bebês e evitar complicações graves. “Precisamos reforçar sempre a importância da vacinação precoce e também da gestante, que são grupos prioritários para essa infecção”, conclui Dra. Giovanna.


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