Um evento on line, no dia 17 de dezembro, marcou o lançamento do primeiro e-book gratuito da Rede CoVida intitulado “Construção de Conhecimento no curso da pandemia de Covid-19: aspectos biomédicos, clínico-assistenciais, epidemiológicos e sociais”. A publicação é o resultado do trabalho de diversos pesquisadores, entre eles três médicos do ICOM: as infectologistas Ceuci Nunes (Diretora Geral), Karine Ramos (Coordenadora da Emergência) e pneumologista Sérgio Fernandes de Oliveira Jezler.

Os profissionais do ICOM participaram, junto com outros pesquisadores, do Capitulo 10 do e-book “Aspectos clínicos e terapêuticos da COVID-19”.  Neste capítulo, os autores descrevem as manifestações clínicas, a patogênese e resposta imune ao SARS-CoV-2, o diagnóstico laboratorial de infecção por SARS-CoV-2, os tratamento de suporte disponíveis até o momento como: oxigenioterapia (via cateter nasal e máscaras), catéter nasal de alto fluxo, suporte ventilatório não invasivo, terapia anticoagulante e uma síntese dos principais estudos para tratamento específico.

Os pesquisadores destacam que a pandemia de Covid-19 proporcionou rápida união de esforços da comunidade científica mundial voltados para o entendimento de vários aspectos desta nova doença, com imediata divulgação dos achados que iam sendo produzidos. Os pesquisadores afirmam que apesar do “consenso de que as infecções pelo SARS-CoV-2 frequentemente são assintomáticas e apenas uma pequena proporção produz uma doença multissistêmica que afeta os pulmões, o coração, os rins, o cérebro e outros órgãos, que ocasionalmente evolui com coagulopatia com forte resposta do sistema imunológico, caracterizada por uma tempestade de citocinas. Contudo, o número de casos é muito elevado devido à elevada transmissibilidade desse vírus e inexistência de imunidade prévia, por se tratar de um novo agente. A idade avançada ou a presença de comorbidades como diabetes, doenças cardíacas e obesidade são os fatores mais frequentemente associados a manifestações graves da doença e óbito. No entanto, lacunas importantes no conhecimento ainda precisam ser preenchidas, principalmente no que se refere à imunidade protetora, mediada por células ou humoral, especialmente no que se refere ao tempo de persistência dos anticorpos neutralizantes e ao nível de proteção oferecido.”

Os pesquisadores alertam que ainda não há opções terapêuticas claramente seguras e eficazes e que o fato da letalidade estar diminuindo em diversos países, pode ser atribuído aos conhecimentos e experiências que vêm sendo adquiridos e compartilhados no manejo clínico dos casos.

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