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ICOM - Instituto Couto Maia

ICOM amplia número de leitos para atender casos de Covid-19

16 de junho de 2020

O ICOM realizou diversas adaptações na estrutura física e no dimensionamento de recursos humanos para ampliar a capacidade de atendimento, com isso, passou de 120 leitos, para 168 leitos, todos dedicados à Covid-19. O maior impacto foi no aumento do número de leitos de UTI, que dos 20 iniciais, foram ampliados para 89 leitos.

A diretora técnica do ICOM, a médica Maria Alice Sena, explica que para assegurar leitos de retaguarda aos pacientes que não mais necessitarem de terapia intensiva e para aqueles com quadros moderados, o hospital adaptou, ainda, diversos setores para expandir o número de vagas de enfermaria: “Como, diante da pandemia, os atendimentos eletivos foram suspensos, o ambulatório transformou-se em 24 leitos de enfermaria e o centro cirúrgico, em 07 leitos de internação. No total, dispomos de 70 leitos de unidade aberta, 10 pediátricos e 60 para a população adulta”.

Exclusivamente para pacientes com Covid-19

Desde a última semana de março deste ano, o ICOM atende, exclusivamente, pacientes confirmados ou com suspeita de estarem com Covid-19. Até o momento (16 de junho), já foram atendidos, 1827 casos suspeitos da doença, destes 843 foram internados, com 531 casos confirmados, laboratorialmente.

Preparar o hospital para atender esta demanda exigiu a contratação de novos profissionais, passaram a integrar a equipe mais 100 médicos, 50 enfermeiros, 40 fisioterapeutas, 150 técnicos de enfermagem, 4 nutricionistas, 5 farmacêuticos bioquímicos, 9 técnicos de laboratório e 3 técnicos de radiologia. A diretora geral do ICOM, a médica Ceuci Nunes relata como foi realizar essa ampliação: “Foram muitos desafios, quadruplicar a quantidade de leitos de UTI significou contratar um número enorme de profissionais, alguns inexperientes, para suprir esta carência, a equipe tem feito inúmeros treinamentos. Significou também quadruplicar as compras de medicamentos, lidando com a dificuldade adicional de que muitos sedativos e bloqueadores neuro musculares estão em falta no mercado. Trabalhamos para garantir EPIs para todo mundo e prestar uma assistência adequada aos pacientes. Nós estamos diante de uma doença grave, diferente das que atendíamos até o momento e diferente de tudo que conhecíamos”.

Novas medidas de segurança

O ICOM, como unidade de referência para doenças infectocontagiosas, já tinha como prática a adoção de rígidos procedimentos de segurança mas, diante da alta transmissibilidade do novo coronavírus, tanto pela via respiratória, como através do contato, as medidas foram revistas e novos protocolos foram implantados para reduzir, ao máximo, o risco de contaminação intra-hospitalar entre os pacientes e para a equipe assistencial. Os protocolos podem ser consultados no site do instituto e servem como referência para os demais hospitais.

Distanciamento entre os profissionais: No refeitório, foi reduzida a quantidade de lugares nas mesas, para assegurar o distanciamento entre as pessoas e delimitados os espaços na fila, para evitar aglomerações. As equipes diretamente ligadas à assistência nas unidades de terapia intensiva e emergência realizam as refeições nas copas que foram adaptadas, evitando a necessidade de circulação e troca de roupa privativa. O serviço de som alerta, diuturnamente, acerca da necessidade do uso de máscaras nas dependências do hospital, assim como evitar aglomerações e circulação desnecessária fora dos postos de trabalho.

Uso de máscaras: todas as pessoas que entram no hospital precisam usar máscaras de proteção.

Grupos de risco: os profissionais que fazem parte do grupo de risco para desfecho desfavorável com a Covid-19, foram afastados da linha de frente e atuam hoje em outras atividades de caráter administrativo, no hospital.

Visitantes: a restrição à circulação de pessoas na unidade hospitalar é medida de fundamental importância para diminuir o risco de contaminação intra-hospitalar, visitas e acompanhamentos de pacientes foram suspensos. Um grupo de médicos que apresenta limitação para trabalhar na linha de frente da Covid-19, foi escalado para atender, virtualmente, às famílias, transmitindo-lhes o boletim médico diário e retirando as dúvidas dos usuários do SUS. Recentemente, o hospital recebeu equipamento eletrônico que permitirá acesso dos pacientes, aos seus familiares, através de videochamadas.

Mudança no atendimento aos pacientes de outras doenças infectocontagiosas: como o hospital passou a se dedicar exclusivamente à Covid-19, os pacientes convivendo com HIV/AIDS, que têm o sistema imunológico comprometido, tiveram o atendimento transferido para o CEDAP, no Garcia, e os pacientes de Hanseníase para o Hospital Otávio Mangabeira, em Pau Miúdo. Os pacientes que recebem vacinas no CRIE (Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais) estão sendo atendidos no CEPRED, localizado no Centro de Atenção à Saúde Prof. Dr José Maria de Magalhães Netto.  Mais informações sobre estas mudanças podem ser obtidas pelo número (71)3103-7168.

Cuidado com quem cuida

A diretora técnica, Maria Alice Sena, explica os cuidados que estão sendo adotados com os profissionais do ICOM: “A saúde dos profissionais que compõem o instituto é muito importante para nós, o SIAST – Serviço Integrado de Atenção à Saúde do Trabalhador – realiza o monitoramento dos profissionais que mantiveram contato desprotegido com casos positivos,  reforçando a necessidade da adoção de medidas preventivas, tais como, afastamento de  sintomáticos do ambiente de trabalho, uso de equipamento de proteção individual, bem como reforço quanto às medidas higiênicas. Realiza, também, acompanhamento, remoto, daqueles que se encontram doentes. Com o fim de triar profissionais sintomáticos, adotaremos a aferição de temperatura no ambiente do hospital, com recomendação de afastamento e testagem dos indivíduos que forem detectados em estado febril, além da testagem sistemática e periódica dos profissionais.”


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