18 de dezembro de 2019
Os pacientes que vivem com HIV/aids que recebem a terapia antirretroviral adequada (TARV) estão vivendo mais e entrando na terceira idade. O envelhecimento para estes pacientes traz maior suscetibilidade a outras doenças, as chamadas comorbidades.
Carlos Brites, médico e professor titular de infectologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA), destaca que muitos pacientes idosos foram diagnosticados tardiamente, desse modo conviveram mais tempo com o vírus sem receber tratamento e podem ter uma infecção pelo HIV mais avançada, no momento do diagnóstico.
De acordo com o profissional, esta população também pode apresentar uma resposta imunológica menos robusta à terapia antirretroviral. Importante alertar que as doenças não transmissíveis (DNT) ou comorbidades em HIV tornam os cuidados mais complexos.
O risco de comorbidade está diretamente relacionado ao estilo de vida que o paciente adota e à terapia escolhida. Os idosos acometidos por HIV/aids tem mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares, diabetes, fraturas por osteoporose, cardiopatias, alcoolismo, hepatite B e C, além de doença renal crônica.
Portanto, hábitos mais saudáveis, como uma alimentação equilibrada e atividades físicas regulares, sem tabagismo e abuso de álcool, são determinantes para que os pacientes HIV/aids possam envelhecer com mais qualidade de vida.