O Combate à Infecção Hospitalar é uma luta diária de todos os profissionais de saúde, mas em algumas datas especiais esse trabalho recebe um esforço extra em treinamentos e ações de conscientização, como no 15 de maio — Dia do Combate à Infecção Hospitalar.

Neste mês a equipe da CCIH, Comissão de Controle da Infecção Hospitalar do ICOM, realizou diversas ações com os profissionais da linha de frente da assistência aos pacientes com Covid-19. O grupo foi  até as enfermarias e as unidades de tratamento intensivo com o teste da chamada “Caixa da Verdade”.

Como funciona o teste da lavagem de mãos com a caixa da verdade?
É simples, são 4 passos:
(a) Profissional passa um gel em toda a superfície das mãos;
(b) Coloca as mãos dentro da caixa e onde está o gel a luz mostra um brilho na pele;
(c) Em seguida, profissional lava as mãos da forma correta;
(d) Retorna à caixa e verifica se a mão está mesmo limpa. Se estiver, não deve ter nenhum local com brilho. Estes locais indicam que ali pode haver contaminantes que não foram retirados com a água e o sabão.

IRAS

Hoje, a expressão infecção hospitalar já foi atualizada, sendo mais corretamente expressa por infecções relacionadas à assistência à saúde — IRAS. Mas como a sigla CCIHs já faz parte do cotidiano de todos os hospitais, na maioria deles foi mantida. Mas o que são as IRAS? São as infecções cuja aquisição está relacionada a um procedimento assistencial ou a internamento. Exemplos são as infecções do sítio cirúrgico, as pneumonias hospitalares, como as pneumonias associadas a ventilação mecânica, infecções do trato urinário associadas a cateter, infecções da corrente sanguínea associadas a cateter venoso e outras.

Com a Covid, mais riscos

Diante da pandemia de Covid-19, os cuidados com a lavagem de mãos no ambiente hospitalar ganharam uma dimensão ainda maior para evitar a contaminação cruzada e o contágio dos profissionais. Por isso, a importância do teste da Caixa da Verdade. Ele provoca uma experiência real e permite que o profissional corrija eventuais erros no processo de lavagem de mãos. É um gesto simples que salva vidas e evita a propagação de doenças, mas exige a técnica correta para se obter o melhor resultado. Para tanto, a conscientização e o treinamento das equipes são feitos constantemente pela equipe da CCIH.

Bactérias multirresistentes

A médica infectologista Verônica Rocha, coordenadora da CCIH do ICOM alerta para um dos principais desafios na assistência aos pacientes com Covid-19. “Como os pacientes fazem uso de antibióticos por muito tempo, temos o risco de desenvolvimento de bactérias multirresistentes que exigem um cuidado mais atento na prescrição de medicamentos, na higienização dos ambientes e na segurança durante os procedimentos terapêuticos”.