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ICOM - Instituto Couto Maia

A hanseníase ainda tem alta incidência no Brasil.

28 de janeiro de 2021

Estamos encerrando o “janeiro roxo”, assim chamado para destacar o mês oficial de conscientização sobre a hanseníase, uma doença crônica, que ainda afeta muitos brasileiros. O Brasil ocupa a segunda posição no mundo em número de casos de hanseníase e detém 92% do total de casos das Américas.  A cada ano são identificados cerca de 28 mil novos casos.

No Brasil, a hanseníase ainda é uma doença endêmica, ou seja, sempre presente, em especial na região Norte, Centro-Oeste e Nordeste. A Bahia e Salvador são de alta a muito alta endemicidade, ou seja, de 1,0 a 3,9 casos para cada 10.000 pessoas.

A hanseníanse é uma doença crônica e infectocontagiosa, não hereditária e que tem cura, causada pela bactéria Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen. A transmissão se dá por meio das vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), em contato constante e prolongado com pessoas doentes sem tratamento. Pode acometer ambos os sexos, em qualquer idade. Afeta, principalmente, a pele e os nervos superficiais da face, braços e pernas, podendo estar presente também no nariz, nos olhos e nos órgãos internos. Se não tratada na forma inicial, a hanseníase quase sempre evolui, de forma lenta e progressiva, podendo levar a incapacidades físicas e sequelas definitivas:

Sintomas da hanseníase

MANCHAS: esbranquiçadas, acastanhadas ou avermelhadas, com alterações de sensibilidade ao calor, a dor ou ao tato.

DORES: sensação de formigamentos, choques e cãibras nos braços e pernas, que evoluem para dormência, podendo se queimar e não perceber.

DIMINUIÇÃO OU QUEDA: de pelos, localizada ou difusa, especialmente nas sobrancelhas.

NÓDULOS: normalmente sem sintomas.

ICOM é unidade de referência

O ICOM é a unidade de referência para os pacientes com hanseníase na Bahia.  Mas o tratamento pode ser conduzido também nas diversas unidades de saúde de todo o Estado. Mesmo durante a pandemia de Covid-19, o hospital tem mantido o atendimento ambulatorial aos pacientes com hanseníase. A equipe realiza todos os cuidados de prevenção para proteger pacientes e profissionais do contágio pelo coronavírus. A entrada do ambulatório é independente das áreas de tratamento dos pacientes com Covid-19 e as equipes também são distintas.

Os pacientes com hanseníase recebem no ICOM a medicação para o tratamento da doença e realizam acompanhamento mensal com os profissionais médicos, enfermeiros, assistentes sociais e fisioterapeutas.

A dermatologista Shirlei Moreira explica que a maioria das pessoas que têm contato com a doença são resistentes e não desenvolvem sintomas, e que é muito provável que grande parte da população já tenha tido contato com a bactéria Mycobacterium leprae, sem nunca ter tomado conhecimento. Aqueles que desenvolvem a doença é porque têm geneticamente determinada uma resistência deficiente específica ao bacilo da hanseníase, o que vai inclusive direcionar para apresentações clínicas variadas, ou seja, quanto melhor a resposta imune, mais localizado e brando será o quadro.


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